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Polícia prende seis ex-vereadores de Aracruz por corrupção passiva

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A Polícia Civil, através da 13ª Delegacia Regional de Aracruz, com apoio da Divisão de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV) e Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas (NUROC), cumpriu mandados de prisões preventivas contra seis ex-vereadores de Aracruz. 

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De acordo com a própria Polícia Civil, os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal de Aracruz no bojo de sentença penal condenatória.

Foram condenados os ex-vereadores Gilberto Furieri, Ronaldo Modenesi Cuzzuol, Orvanir Pedro Boschettii, Ozair Coutinho Gonçalves Auer, Jocimar Rodrigues Borges e Paulo Sérgio Rodrigues Pereira, além de Ismael da Rós Auer, que atuou como secretário de Infraestrutura e transportes do município na época das irregularidades. As penas variam de 24 (vinte e quatro) anos e 11(onze) meses a 29 (vinte e nove) anos e 8 (oito) meses de reclusão, em regime fechado.

Segundo a sentença, as investigações conduzidas pela Polícia Civil indicam que os ex-vereadores condenados recebiam propina mensal, no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais), da empresa Ambitec, contratada pelo município de Aracruz para realizar a coleta, transporte e destinação dos resíduos sólidos urbanos (lixo).

Ainda segundo a Polícia Civil, o operador do esquema seria o ex-vereador (e ex-deputado estadual) Gilberto Furieri, a quem caberia a distribuição da propina destinada aos vereadores, razão pela qual a propina mensal por ele recebida seria de R$ 5.000,00 (cinco mil reais).

As investigações demonstraram que os condenados denominavam a propina mensal de lixinho, sendo que o atraso no repasse da propina gerava descontentamento entre os beneficiários, os quais passavam a criar dificuldades para a empresa contratada pela municipalidade, com a finalidade de pressionar pela retomada do repasse ilegal de valores (propina).

Na mesma operação foi preso também o ex-vereador Pedro Tadeu Coutinho, condenado a 18 (dezoito) anos e 7 (sete) meses de reclusão, em regime fechado, pela prática de Rachid. 

Em outro processo restou demonstrado que Pedro Tadeu Coutinho, juntamente com seu filho, o ex-vereador George Cardoso Coutinho e o chefe de gabinete, Bruce Ferreira Kenneth Kungs, teriam estabelecido um esquema ilegal de recebimento/retenção de parte dos salários dos funcionários do gabinete, em nome dos quais, inclusive, contraiam empréstimo bancários. Durante o exercício do mandato o trio teria estabelecido um sistema de Rachid.

Os condenados foram encaminhados à unidade de Aracruz, onde começarão a cumprir a pena imposta pelo Poder Judiciário.

O ex-chefe de gabinete, Bruce Ferreira Kenneth Kungs, encontra-se foragido. 

O Site Aracruz não conseguiu o contato com as defesas dos envolvidos e a matéria será atualizada logo que as partes interessadas se pronunciarem.