Cultura

Vitória recebe autores e autoras do Curta Vitória a Minas IV para imersão audiovisual

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Durante duas semanas, a sede do Instituto Marlin Azul abrigará as aulas expositivas e práticas que prepararão as autoras e os autores selecionados pelo concurso de histórias para a realização dos filmes nas cidades capixabas e mineiras.

 

Os sete autores e autoras selecionados pelo Concurso de Histórias do Curta Vitória a Minas IV estão reunidos em Vitória (ES) em uma imersão no mundo do cinema. Até 07 de dezembro, a turma formada por moradores do entorno da Estrada de Ferro Vitória a Minas estudará os fundamentos da linguagem audiovisual para transformar o que contaram em filmes de curta-metragem. 

A quarta edição reúne participantes das cidades de Ibiraçu e João Neiva, do Espírito Santo, e de Aimorés, Conselheiro Pena, Belo Oriente, João Monlevade e Nova Era, de Minas Gerais. Os participantes aprendem com profissionais do cinema e da TV noções básicas sobre roteiro, direção, direção de arte, produção, fotografia, som, montagem, finalização, mobilização comunitária e direitos autorais. As aulas acontecem nos turnos da manhã e da tarde, na sede do Instituto Marlin Azul, em Jardim da Penha (Vitória-ES), combinando aulas expositivas e práticas, exercícios de sensibilização do olhar e da escuta, experimentações de um set de filmagem e muita troca.

Ao final da imersão, eles retornarão para suas cidades de origem para organizar a pré-produção das filmagens, mobilizar outros moradores para atividades técnicas e artísticas, escolher locações, preparar figurinos, buscar objetos de cena, organizar os personagens. Durante as filmagens, profissionais da fotografia, de som e produção se juntarão ao (a) autor (a) e à equipe local. Em seguida, o (a) autor (a) participará da montagem e finalização do curta-metragem. Depois de prontos, os filmes serão lançados em telonas de cinema montadas em ruas e praças durante sessões gratuitas nas cidades envolvidas.

O Curta Vitória a Minas é patrocinado pelo Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com a realização do Instituto Marlin Azul, Ministério da Cultura/Governo Federal. O objetivo é possibilitar aos moradores das cidades que se desenvolveram ao longo da Estrada de Ferro Vitória a Minas a oportunidade de contar histórias e transformar em filme, registrando as memórias, os costumes, os hábitos, as lendas e as peculiaridades destas localidades, contribuindo para o fortalecimento territorial e comunitário.

 

Conheça o histórico do projeto

            A primeira edição do Curta Vitória a Minas foi lançada em 2014 e resultou na produção das obras: “Vovó, o Trem e Eu”, de Eloisa Ribeiro, de Fundão (ES); “O Segredo de Giuzzeppe”, de Nilma Scarpati, de Ibiraçu (ES); “A Seta do Galo, o Terrível”, de Sandra Mazzega, de João Neiva (ES); “O Som do Silêncio”, de Juliana Brêda, de Colatina (ES); “O Trem do Amor”, de Vanda Berger, de Baixo Guandu (ES);“Estranha Criatura”, de Rosângela Iglesias Pereira, de Aimorés (MG); “Os Primos do Mundo”, de Leonardo Bernardino, de Resplendor (MG); “Deslizando nos Trilhos”, de Ely Moreira da Costa, de Conselheiro Pena (MG); “O Mistério do Caboclo”, de Denilson Patrício, de Tumiritinga (MG); “Contos Ferroviários”, de Everton Villaron de Souza, de Governador Valadares (MG); “Expedição Rio Doce”, de Vitor Augusto de Oliveira, de Periquito (MG); “Recortes”, de Sebastião Nascimento, de Belo Oriente (MG); “Memórias de um Casarão”, de Josias Rodrigues Figueiredo, de Antônio Dias (MG); “Triste Sina, Triste Cena”, de Maria Lenice de Oliveira Sá, de Santana do Paraíso (MG) e “A Carta”, de Márcio Firmo, de Nova Era (MG).

             

Quem são os selecionados

 

Nome: Geremias Pignaton

História: Julyta e o Zepellin

Cidade/Estado: Ibiraçu/ES

 

Nome: Helder Guastti da Silva

História: Inventário da Infância

Cidade/Estado: João Neiva/ES

 

Nome: Tânia Reis

História: Uma Viagem...Minha parte da História.

Cidade/Estado: Aimorés/MG

 

Nome: Lucia Elena Nunes Belizário

História: Perdidos no Jardim

Cidade/Estado: Conselheiro Pena/MG

 

Nome: Maria da Conceição Costa

História: Aventuras nos campos, matas, ribeiros e lagoas, e o apito do trem

Cidade/Estado: Belo Oriente/MG

 

 

Nome: Miriam Mercedes Firmo

História: Pedro Além de Alcântara

Cidade/Estado: João Monlevade/MG

 

Nome: Poliana Araújo Guerra

História: Eu Sou é Eu Mesma

Cidade/Estado: Nova Era/MG

 

Conheça as professoras e professores

 

Lulu Corrêa (Roteiro e Direção) – Formada em Cinema pela Universidade Federal Fluminense. Escreveu e dirigiu os documentários “Carvana”, “Como se Morre no Cinema” (Sol de Oro no Festival de Biarritz e vencedor de 11 prêmios nacionais), “A Cidade e o Poeta”, “Machado de Assis”, “Rio, “39,6 Graus” e “Quarentena”. Montadora e assistente de direção, trabalhou com Nelson Pereira dos Santos desde o filme “Memórias do Cárcere”. Assina a montagem de “A Música Segundo Tom Jobim”. Foi diretora assistente nos filmes de Hugo Carvana, com quem trabalhou desde “O Homem Nu”. Recebeu prêmio de Melhor Montagem pelos filmes “Áurea”, de Zeca Ferreira, “O Quinze”, de Jurandir Oliveira, e “Rio de Memórias”, de José Inácio Parente. Atuou como orientadora de roteiro no Revelando os Brasis, no Projeto Animação e no Curta Vitória a Minas, projetos desenvolvidos pelo Instituto Marlin Azul.

 

Beth Formaggini (Roteiro e Direção) – Documentarista, produtora e pesquisadora audiovisual. Historiadora pela Universidade Federal Fluminense, fez especialização em “Documentário e Pesquisa Audiovisual”, na Universidade de Roma. Diretora da 4Ventos que soma dezenas de trabalhos audiovisuais premiados em Festivais Nacionais e Internacionais. Curadora do Cine Armazém, lançou em 2023 a série “Memória da Mídia” no Cinebrasiltv. Em março de 2020 lançou a série “Sopro” no Canal Curta. Em 2019 lançou nos cinemas, Canal Brasil e em VOD o longa “Pastor Cláudio”, vencedor do Festival de Vitória. Em 2007 dirigiu e produziu o longa “Memória para Uso Diário”, premiado pelo Júri Popular do Festival do Rio. Em 2015 realizou “Xingu Cariri Caruaru Carioca”, o melhor filme do 8º Festival In-Edit Brasil e lançado nos cinemas, TV e Streaming. O curta “Uma Família Ilustre” venceu o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro com prêmios em mais 15 festivais nacionais e internacionais. Em 2010 realizou “Angeli 24 horas”, com 12 prêmios. Produziu e dirigiu os médias “Cidades Invisíveis”, “Nós Somos um Poema” e “Nobreza Popular”. Em coprodução com o Canal Brasil produziu a Série.doc sobre vários cineastas com os quais colaborou como Eduardo Coutinho, com quem realizou o documentário “Apartamento 608”.

 

Alexandre Guerreiro (Produção) - Professor Adjunto de Direitos Humanos, Inclusão e Educação da UERJ/FFP. Professor permanente na Linha Políticas, Direitos e Desigualdades do Programa de Pós-Graduação em Educação - Processos Formativos e Desigualdades Sociais / PPGEDU/FFP/UERJ. Doutor em Comunicação pelo PPGCOM/UFF, com pós-doutorado em Educação pela FE/UFRJ, no qual desenvolveu a pesquisa Cinema Afirmativo: alteridade, educação e direitos humanos. Mestre em Comunicação pelo PPGCOM/UFF. Bacharel e Licenciado em História pela UERJ e Bacharel em Comunicação Social (Cinema) pela UFF. Integra o grupo de pesquisa Quadro a Quadro: projetando ideias, refletindo imagens, da UFRB. Coordena o Fade In Grupo de Estudos das Formas Audiovisuais, Diversidade, Educação e Inclusão. Produtor de mostras e festivais e de obras audiovisuais. Atuou, por mais de 20 anos, como professor de História e Filosofia na SEEDUC/RJ.

 

Tomás Camargo (Fotografia) - Formado na Escola de Cinema Darcy Ribeiro, iniciou a carreira como assistente de montagem, em seguida passou para equipe de câmera. Atua desde 2010 no mercado como assistente de câmera, é membro da APACERJ como foquista, acumulou experiências em mais de 20 longas-metragens e séries. Paralelamente realiza projetos autorais tanto de cinema quanto de fotografia documental. Foi contemplado pelo Itaú Cultural com o curta-metragem “8 minutos e 18 segundos”. Fotografou os curtas-metragens “Cartas pela Paz”, “Da Horta ao Horto”, entre outros; e o DVD “Músicas para Saudar Jorge Amado”. Operou câmera no longa-metragem “4 Meninas” (finalizando), e nos programas de TV: “Bela Cozinha”, “Tempero de Família”, “Super Bonita”, “Os Ímpares” e no curta “BR3”.

 

Guile Martins (Som) - Natural de Campinas, São Paulo, bacharel em Audiovisual pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), Mestre em Arte e Cultura Visual pela Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Goiás (FAV/UFG), Guile Martins é sound designer e assina o som de diversos longas-metragens do cinema brasileiro, dentre eles os premiados "Branco Sai, Preto Fica" (2014), de Adirley Queirós, "Carro Rei" (2021), de Renata Pinheiro e "A Queda do Céu" (2024), de Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha. Guile é pesquisador da matéria sonora e seus cruzamentos com as artes visuais, etnografia, música e audiovisual. Atualmente é professor efetivo do Bacharelado em Cinema no Instituto Federal de Goiás e doutorando no Programa de Pós-graduação em Arte e Cultura Visual da Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Goiás.

 

Ana Paula Cardoso (Direção de Arte) – É responsável pela direção de arte dos longas “Enterre seus Mortos” de Marco Dutra - RT Features/Globoplay; “Barba Ensopada de Sangue” de Aly Muritiba - RT Features/Globoplay; “Praia Formosa” de Julia de Simone (Prêmio de Melhor Direção de Arte no Olhar Internacional de Cinema de Curitiba 2024) - Anavilhanas/Mirada Filmes; “A Febre” de Maya Da- Rin (Indicada ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2021 de Melhor Direção de Arte) - Enquadramento/Tamanduá Vermelho; “Alemão II” de José Eduardo Belmonte - RT Features; “O Pastor e o Guerrilheiro” de José Eduardo Belmonte - Mercado Filmes; “Deslembro” de Flávia Castro (Indicada ao Prêmio ABC 2020 de Melhor Direção de Arte); “Breve Miragens de Sol” de Eryk Rocha; “Aos Nossos Filhos” de Maria de Medeiros; “Gabriel e a Montanha” de Fellipe Barbosa; “Pendular” de Julia Murat; “Casa Grande” de Fellipe Barbosa ( indicada ao Prêmio da Academia Brasileira de Cinema 2016 de Melhor Direção de Arte”; “Avanti Popolo” de Michael Wahrmann e “Aspirantes” de Ives Rosenfeld, dentre outros longas-metragens. Em séries, fez a Direção de Arte de “Noturnos” dirigido por Marco Dutra e Caetano Gotardo para o Canal Brasil (Indicada ao Prêmio ABC 2021 de Melhor Direção de Arte) ; das temporadas 2 e 3 da Série “Questão de Família” dirigida por Sérgio Rezende para o Canal GNT; das temporadas 3 à 9 da Série “Detetives do Prédio Azul” dirigida por André Pellenz e Vivianne Jundi. De 2015 à 2021 coordenou e lecionou no curso de Direção de Arte na AIC Rio – Academia Internacional de Cinema RJ e foi do corpo docente da Escola de Cinema Darcy Ribeiro em 2005 e 2006.

 

Marcia Medeiros (Edição) - É Mestre em Cinema pelo PPGCine-UFF e esquizoanalista. Trabalha na área de audiovisual desde a década de 90 como diretora e editora. Editou diversas séries para a TV como Vítimas Digitais e Liberdade de Gênero (de João Jardim - GNT), The Voice Kids (Rede Globo), Que Marravilha! (GNT). Dirigiu as séries o Bom Jeitinho Brasileiro (Canal Futura), Capoeira no Mundo (TV Brasil) e Globo Ciência (Rede Globo). Realizou vídeos institucionais para o Ministério da Saúde e para as empresas Icatu-Hartford e Vale, entre outras. Dirigiu e editou videoclipes e videoartes sobre diversos artistas como Pedro Luis, Anna Ratto, Iole de Freitas e Cildo Meireles. É colaboradora em projetos formativos de interlocução entre Cinema, Educação e Práticas de Cuidado: Revelando os Brasis - MINC-IMA (2004 a 2018); Curta Vitória a Minas - Instituto Cultural Vale e IMA; Cinequilombola - IMA – ES; e Cinemar - Casa Jangada-RJ. É associada à Associação de Profissionais de Edição Audiovisual (Edt.) e à Associação Livre em Esquizoanálise (ALEA).

 

Mariana de Lima (Cinema Manual) – Goiana, mestranda no PPGCine-UFF, onde integra o Laboratório Kumã. Pesquisa relações entre cinema e território. Já trabalhou com crítica, curadoria e fotografia. Atua como oficineira nos projetos Cine Quilombola e Cinema de Griô do Instituto Marlin Azul. Integra a Associação Mulheres Coralinas, na cidade de Goiás. Edita, escreve e faz cartazes.

 

Cintya Ferreira (Cinema Manual) – De São Gonçalo, no Rio de Janeiro, é bacharel em Cinema e Audiovisual pela UFF e Mestra pelo PPGCine-UFF com uma dissertação que foca na trajetória do diretor e ator negro Zózimo Bulbul no contexto histórico da ditadura civil-militar no Brasil. Também participa como uma das organizadoras da Enciclopédia “Cinemas em Confronto: curtas e médias-metragens em resposta à ditadura militar brasileira”. Compõe o Laboratório de Experimentação com Imagem e Som (Kumã) desde 2020 e já coordenou diversos grupos de cinema com professores da rede básica. Trabalha no campo de cinema e educação como oficineira nos projetos Cine Quilombola e Cinema de Griô (IMA) que propõem oficinas e a realização de filmes em comunidades quilombolas do Espírito Santo. Já trabalhou em oficinas atreladas ao Curta Vitória a Minas, Cine Miau, Projeto Animazul, Cine Missões e Aeroplano nas escolas. Compôs o núcleo de educação da 13ª e 14ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos.