Cultura

Wagner Moura é o primeiro brasileiro a vencer como Melhor Ator em Cannes

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Em uma noite histórica para o cinema brasileiro, Wagner Moura foi consagrado como Melhor Ator no Festival de Cannes 2025 por sua atuação em "O Agente Secreto", do diretor Kleber Mendonça Filho. Apesar da ausência física na cerimônia - o ator encontra-se em Londres gravando o thriller "11817" para a Netflix -, Moura participou virtualmente, demonstrando emoção pelo reconhecimento internacional.

Celebração por vídeo
Durante a coletiva pós-premiação, Kleber Mendonça Filho - que também foi premiado como Melhor Diretor - conectou-se por vídeo com o ator. "Estou aqui em Londres, tomando vinho sozinho, mas não poderia estar mais feliz", declarou Moura, visivelmente emocionado. "Trabalhar com Kleber era um sonho antigo, e ver nosso filme, tão brasileiro, sendo celebrado dessa forma, é especial para nossa cultura."

Duplo significado artístico
Em vídeo posterior, o ator de 48 anos destacou o valor simbólico da premiação: "Este filme reconecta os brasileiros com sua cultura, após anos em que artistas foram desvalorizados. Ver o público se identificar com nossas obras é uma alegria profunda. Viva a cultura brasileira e seu papel no desenvolvimento nacional".

Ausência justificada
A assessoria do ator explicou que os compromissos com as filmagens do novo projeto - um filme de ficção científica dirigido por Louis Leterrier ("Truque de Mestre") - impediram sua presença em Cannes. Na produção, Moura divide a tela com a atriz americana Greta Lee, em uma trama sobre uma família confinada em casa diante de uma ameaça inexplicável.

Feitos históricos
Com esta vitória, Moura torna-se:

  • Primeiro brasileiro a vencer como Melhor Ator em Cannes

  • Responsável por uma das três premiações do filme (incluindo Melhor Diretor e Prêmio da Crítica)

  • Vencedor em disputa acirrada com nomes como Benicio Del Toro e Guillaume Marbeck

Sobre o filme premiado
"O Agente Secreto" transporta o espectador para o Recife dos anos 1970, acompanhando Marcelo (Moura), um especialista em tecnologia que busca refúgio em sua cidade natal, apenas para descobrir que o passado ditatorial ainda assombra o presente. A obra consolida a parceria artística entre Moura e Mendonça Filho, aclamada pela crítica internacional.

Repercussão nas redes
Fãs celebraram a dupla conquista brasileira:

  • "Wagner is back! Melhor notícia possível"

  • "Precisamos dele e da Greta Lee no Brasil para promoverem os filmes!"

  • "Cannes finalmente reconhecendo a potência do cinema brasileiro"

Enquanto prepara seu novo projeto internacional, Moura deixa claro que seu coração permanece conectado à produção cultural brasileira, reforçando o valor da arte como expressão nacional e ferramenta de transformação social.