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Aracruz é primeiro lugar na Categoria Meio Ambiente no Prêmio Farol do Bem

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E deu Aracruz mais uma vez! O município ficou em primeiro lugar na categoria Meio Ambiente - Órgão Público no Prêmio Farol do Bem. A premiação aconteceu na noite de quinta-feira (30), na Findes, em Vitória. Mais de 50 organizações, entre órgãos públicos, empresas, instituições e universidades foram inscritas. Aracruz recebeu o prêmio com o projeto “Artebovis: conhecimento ancestral garantindo um futuro sustentável às extrativistas artesãs de Aracruz”. A iniciativa, que conta com o apoio da Secretaria de Meio Ambiente (Semam) e do Sebrae, está sendo muito bem-sucedida e já recebeu outros prêmios como o Biguá de Sustentabilidade.

“Nossa premiação é um indicador de que estamos no caminho certo para uma cidade desenvolvida e realmente sustentável”, disse o secretário de Meio Ambiente, Aladim Cerqueira. 

Ele destacou a importância do projeto. “O Artebovis  está transformando a vida das mulheres da comunidade de Boa Vista, no distrito de Santa Rosa. Com as folhas da taboa, uma planta ancestral, que cresce às margens do rio Piraquê-Mirim, essas mulheres têm criado artesanatos e gerado renda através de práticas sustentáveis. Esse projeto que transforma a taboa em lindas peças como, por exemplo, esteira, bolsas e chapéus é a demostração da resiliência da comunidade, que se uniu na luta contra a degradação do manguezal”.

O prefeito, Dr. Coutinho, destacou que o prêmio recebido pelo projeto representa o reconhecimento do trabalho que o município desenvolve no sentido de preservar o meio ambiente, bem como de garantir a sustentabilidade das famílias que trabalham no setor primário. “O futuro depende das ações que realizamos no presente. Trabalhamos disseminando práticas que melhoram a qualidade de vida das pessoas, das empresas e do planeta, dentro dos princípios de sustentabilidade e respeito socioambiental”.

A comunidade, localizada na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Municipal (RDSM) de Piraquê-Açu e Piraquê-Mirim, tem o pescado com fonte de renda principal, mas, nos últimos anos, foi impactada com as mudanças ambientais na região o que interferiu diretamente no modo de vida das extrativistas artesãs de Boa Vista, comunidade tradicional da reserva, uma vez que ficaram sem a matéria-prima para confecção de suas tradicionais esteiras. 

Por estarem em uma Unidade de Conservação da categoria de Uso Sustentável, que tem como premissa a valorização destas comunidades, a Semam responsável pela administração dessas reservas, preocupada com o equilíbrio entre a conservação ambiental e a sustentabilidade socioeconômica destes ribeirinhos, propôs a aplicação de um Diagnóstico Rápido Participativo.

Durante esse processo construído junto da comunidade, um grupo de mulheres se destacou, e sugeriu o resgate da técnica artesanal do trançado de taboa, uma vez que as plantas haviam começado a se restabelecer e recuperar seu espaço no brejo. Após a mobilização e adesão das mulheres no projeto, foram realizadas capacitações pelo Sebrae. Desde o princípio, a estratégia utilizada nesse projeto de geração de renda era diminuir a pressão ambiental exercida no manguezal devido a sobrecarga da retirada.