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Polícia de João Neiva prende suspeitos de aplicarem golpe de R$ 1 milhão

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A Delegacia (DP) de João Neiva prendeu duas pessoas que fazem parte de uma associação suspeita de praticarem o golpe do ‘falso trading’. As investigações apontam que o golpe deu um prejuízo de R$1 milhão e foram feitas dez vítimas, que moram na região de João Neiva, Ibiraçu e em Aracruz, no Norte do Estado. As prisões ocorreram no bairro Decarli, em Aracruz, e no Centro de João Neiva.

 

A associação criminosa é investigada há um ano e o golpe consistia em atrair pessoas físicas e empresários para fazerem aplicações em mercados financeiros, garantindo rendimentos mensais de 10%. Para convencer as vítimas, os golpistas ressarciram algumas pessoas parcialmente no intuito de fazerem acreditar que não se tratava de um golpe.

 

“Os golpistas criaram um aplicativo que possibilita à vítima acessar a suposta conta do investimento, digitando senha, para acompanhar o rendimento do dinheiro e, se quiser, sacar os fatores. Ocorre que esse aplicativo não tinha lastro no mercado, ele era manipulado pelos criminosos, e os valores que eram adicionados a título de "lucro" não eram reais”, conta o titular da Delegacia (DP) de João Neiva, delegado Leandro Sperandio.

 

Um dos suspeitos, que é indicado como o chefe da organização, continua foragido. Felipe Morais Correia, de 34 anos, se apresentava como ‘trader’ e dizia ter expertise na aplicação em mercado financeiro. Ele possuía uma sala comercial alugada em Vitória onde atendia os “clientes”. As vítimas normalmente faziam aplicações em valores menores, ainda ressabiadas quanto à credibilidade do investidor. Porém, com o passar do tempo, o suspeito ia ganhando confiança das vítimas e outros “investimentos” eram realizados com valores maiores.

 

“No início de 2020 a Polícia Civil foi procurada, pois Felipe Morais Correia já não pagava os rendimentos e nem devolvia o capital investido. Algumas vítimas não receberam nenhum valor, nem mesmo os 10% referente ao rendimento do primeiro mês de aplicação. As investigações demonstram que há alguns anos ele fazia grupos em aplicativos de conversa que juntavam dezenas de pessoas, sendo que cada uma realizava pequenas aplicações nos valores de trezentos, quinhentos e mil reais”, ressalta o delegado.

 

As prisões

 

Na quinta-feira (26), foram presas duas pessoas que teriam auxiliado Felipe Morais Correia. Uma delas, um homem de 36 anos, preso em Aracruz, agiria como captador de clientes. Ele tinha algumas relações de amizade na região e seria responsável por fazer a propaganda sobre os serviços prestados pelo suspeito. Parte das vítimas teriam feito depósitos na conta desse auxiliar.

 

Já a suspeita, uma mulher de 29 anos, presa em João Neiva, é a esposa de Felipe Morais. Uma parte do dinheiro também era depositada pelas vítimas na conta bancária dela, que realizava alguns saques. Normalmente os saques eram feitos em pequenos valores e realizados uma vez por dia, para não chamar atenção do banco.

As informações são da Polícia Civil.

Felipe Morais Correia está foragido