Meio Ambiente

Unidades de Conservação de Aracruz esbanjam verde e biodiversidade

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São aproximadamente 3 mil hectares de Mata Atlântica e mais de 15 Km² de manguezais. As Unidades de Conservação (UC’s) do município de Aracruz formam uma extensa área verde sobre o território, além de abrigar várias espécies de árvores, flores, plantas, insetos e até mesmo de animais que correm risco de extinção.

Consideradas patrimônio da humanidade pelo Ministério do Meio Ambiente, as Unidades de Conservação também representam a garantia do direito a natureza ecologicamente equilibrada para presentes e futuras gerações, e são também um mecanismo político de mantê-las protegidas.

A Prefeitura de Aracruz, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMAM), é mantenedora de quatro UC’s, localizadas na região montanhosa até a parte costeira do município. “O papel do poder municipal é de fazer a gestão dessas UC’s, quanto ao uso de recursos naturais, controle de visitações e manejo, visando a recuperação de possíveis áreas degradadas” explica o biólogo da SEMAM, Fabrício Rosa.

Piraquê-Açu: o maior manguezal do ES

Os manguezais da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Municipal Piraquê-Açu e Piraquê-Mirim formam a maior área de abrangência desse ecossistema no Espírito Santo. São 15,80 Km² de mangue.

De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente (SEMAM) a reserva cumpre o papel de proteger, em seu estado natural, o manguezal e todos seus ambientes associados, além de preservar toda a natureza, fauna, flora e os criadouros de inúmeras espécies, que procuram o meio para descanso, desova e alimentação.

Nesta sexta-feira, 06 de junho, a RDS Piraquê-Açu terá seu Conselho Deliberativo consolidado, oficializando mais um mecanismo de apoio à gestão da UC. “Esse conselho conta com a participação das comunidades tradicionais e também de entidades e instituições. O objetivo é de apoio a gestão da unidade”, explica o secretário de Meio Ambiente, Edgar Allan Martins.

Parque do Aricanga: biodiversidade e turismo ecológico


O Parque Natural Municipal do Aricanga é considerado uma das mais importantes Unidades de Conservação do Espírito Santo. Seus 515 hectares de Mata Atlântica abrigam 159 espécies de aves e 16 espécies de mamíferos. Entre os tipos de pássaros identificados está o Papagaio-Chauá (Amazona rhodocorytha), inserido na lista mundial de espécies ameaçadas de extinção. 

O local é devidamente estruturado para visitações e conta com dezenas de trilhas e um visual de tirar o fôlego no topo do morro. Além disso, a área está enquadrada na categoria de Unidade de Conservação que pertence ao grupo de proteção integral, com o objetivo de preservar e conservar os remanescentes dos ecossistemas naturais, possibilitar a manutenção da biodiversidade e valorizar a paisagem da região.

Parque David Farina: o futuro do turismo ecológico


O Parque Natural Municipal David Victor Farina abrange uma área total de 43,69 ha e possui um importante fragmento de Mata Atlântica, vegetação que vai desde Restinga à Floresta de Tabuleiro. 

Atualmente essa Unidade de Conservação não está aberta para visitações, mas, de acordo com a Secretaria de Meio Ambiente (SEMAM), a ideia é que em breve o local seja estruturado para o turismo ecológico. “Em um futuro próximo vamos reconstruir a casa do antigo proprietário, para que se torne um ponto de visitação e um local de gestão da Unidade. Também pretendemos estruturar a trilha já existente, que também será equipada com informações a respeito da biodiversidade”, explica Fabrício Rosa, biólogo da Semam e gerente de Recursos Naturais.

Aroeiras do Riacho: 151 hectares de restinga protegidos


Uma extensa área verde que abriga inúmeras espécies de animais e plantas brasileiras e que revela paisagens únicas do litoral aracruzense. Localizada na região de Vila do Riacho, a Área de Relevante Interesse Ecológico Aroeiras do Riacho, passou a ser estudada pela Prefeitura de Aracruz, através da Secretaria de Meio Ambiente (SEMAM) em novembro de 2017, com o objetivo de proteger uma das vegetações mais encantadoras da Mata Atlântica: a restinga.

Em 2018 a Secretaria de Meio Ambiente conseguiu caracterizar a área como Unidade de Conservação, protegendo ao todo 151 hectares de restinga. A Área de Relevante Interesse Ecológico Aroeiras do Riacho entra na lista de UC’s administradas pelo município, ampliando a extensão de áreas verdes da Mata Atlântica preservadas no território de Aracruz.